quinta-feira, 3 de março de 2022

metamorfoses


não consigo entender como as pessoas tem metamorfoses como borboletas baby cadelinha não toca mais no rádio naiman agora é alexandre depois que gravou jogo de búzios deixou a música profana pelos hinos da igreja pentecostal por isso amo o  poeta que não desiste da palavra profissão e me beija o mar das coxas desde que nos vimos pela primeira vez em guarapari

a poesia do Celso muitas vezes me dá calafrios na barriga um engasgo como espinha de  peixe na garganta que só desce com farinha de mandioca li o poema das 111 picas mais de 111 vezes primeiro porque é um poema bárbaro que fala de uma barbaridade depois O Primeiro Inferno não é poesia para qualquer um depois escrever poesia assim não é para qualquer um por isso amo a poesia do Celso de Alencar mesmo que muitas vezes me dê um soco no estômago e em outras me beije as vísceras

 

Rúbia Querubim

www.fulincaimicamente.blogspot.com


poÉtika 2

 

quem já cantou dandara?

na encantaria também cantarei

nos descaminhos de nós dois

 

nas fibras do meu desejo

ela só me deu - o beijo

o resto festa lampejo

foi ficando pra depois

 

mesmo assim entre os lençóis

vamos seguindo sempre juntos

ela no seu oblíquio

e eu no meu oculto

 

cada qual no teu recinto

nos amando a qualquer custo

cada qual seu labirinto

cada amor enquanto justo

 

mas não rezamos o culto

nem mesmo por absinto

a vida sempre em suspense

vamos  vivendo de susto

 

EuGênio MallarMé

PoÉticas ArturiAnas

www.arturkabrunco.blogspot.com



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