sexta-feira, 11 de março de 2022

língua nova



 língua nova

para Luis Turiba e Marisa Vieira

 

a nova língua

língua nova

escorre por céus de boca

saliva nativa

e ninguém com(prova)

 

minha pele roça tua pele

flor de manga me sangra

folhas moras pelo chão

 

pedra que ronca

mal secreto

meu poema linha curva

nunca reto

 

me desculpe fernando pessoa

sou argamassa do concreto

 

me segura criatura

que vou ter um troço

quando li wally salomão

juro que também posso

 

Artur Fulinaima

SubVersão Poética 

www.arturkabrunco.blogspot.com




Hoje estava lendo Magma o belo livro de poemas de Olga Savary e me lembrei de um poema que escrevi ainda menina quando morava em Guarapari.

 

Mar

 

de onde vens

e para onde vais

se as ondas

não param de ir

e vir

muitas vezes me trazem

coisas misteriosas

conchas que não sei

o que tem dentro

noutras apenas joga sal

em minhas coxas

e lambe entre minhas pernas

o que ainda não decifro

não sei o que Clarice

iria pensar se lesse isso

mas Jaguar  tenho certeza

vai s sentir o macho

que Olga costuma apelidar de Mar

 

Rúbia Querubim

www.suorecio.blogspot.com

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