língua nova
para Luis Turiba e
Marisa Vieira
a
nova língua
língua
nova
escorre
por céus de boca
saliva
nativa
e
ninguém com(prova)
minha
pele roça tua pele
flor
de manga me sangra
folhas
moras pelo chão
pedra
que ronca
mal
secreto
meu
poema linha curva
nunca
reto
me
desculpe fernando pessoa
sou
argamassa do concreto
me
segura criatura
que
vou ter um troço
quando
li wally salomão
juro
que também posso
Artur
Fulinaima
SubVersão Poética
www.arturkabrunco.blogspot.com
Hoje estava lendo Magma o belo livro de poemas de Olga
Savary e me lembrei de um poema que escrevi ainda menina quando morava em
Guarapari.
Mar
de onde vens
e para onde vais
se as ondas
não param de ir
e vir
muitas vezes me trazem
coisas misteriosas
conchas que não sei
o que tem dentro
noutras apenas joga sal
em minhas coxas
e lambe entre minhas pernas
o que ainda não decifro
não sei o que Clarice
iria pensar se lesse isso
mas Jaguar tenho certeza
vai s sentir o macho
que Olga costuma apelidar de Mar
Rúbia
Querubim
Nenhum comentário:
Postar um comentário