quanto mais me re-par-to
muito mais me mul-ti-pli-co
pastor de andrade
federika lispector
gigi mocidade
federico Baudelaire
rúbia querubim
federika bezerra
eugênio mallarè
parabolicamará minha antena parabólica fio terra para minhas intervenções intragaláticas nas multi-i-transversais relações humanas para o planeta que virá
Artur
Gomes
o criador das mutltitransações fulinaímicas
1
BordeLíricas
Dionísio bêbado de noites
pelos Cassinos de Bento
transa nos pergaminhos
depois de um tapa no branco
com uma puta dama nos becos
e algumas garrafas de vinho
aqui
em casa
lavo pinto bordo
o corpo
a alma
os pelos
cada um que
pinte seus delírios
cada um que
desenrole
seus novelos
EuGênio Mallarmè
o antropofágico fulinaímico
https://www.facebook.com/EuGenioGumes
2
o desconcerto na frase
está no corte
no verso
formiga carregando folhas
nas costas
o formigueiro instaura
uma colmeia de dados
que o tempo
ainda não decifrou
pássaros elétricos
vivem a vida
por um fio
Federika
Lispector
Jornalista na Igreja Universal do Reino de Zeus
3
Irreverência Ou Morte!
Gigi Mocidade
Rainha da Bateria da Mocidade Independente de Padre Olivácio - A EScola de Samba Oculta No InConsciente Coletivo
https://www.facebook.com/gigimocidade
4
no universo paralelo
tenho mestrado bíblico
em chá de cogumelo
Pastor de
Andrade
patrono da Igreja Universal do Reino de Zeus
https://www.facebook.com/pastordeandrade
5
fiz um trato com o sarcasmo
o bom humor a ironia
única forma que encontrei
para fazer a travessia
no Trato, poema de Ademir Assunção
do seu livro Risca Faca que acabo de
ler
na coletânea poetas vivos –
blog Fulinaimicamente – TransPoÉticas
–
https://fulinaimicamente.blogspot.com/2022/02/coletanea-poetas-vivos_23.html
Para Pagu
in memória
vontade de voltar
a correr por pradarias
num cavalo selvagem
sem celas rédeas arreios
ou cancela
indo ao encontro
dos vagabundos
livre leve solta
nua como vim ao mundo
Rúbia Querubim
a grande musa fulinaímica
https://www.facebook.com/rubiaquerubim
6
Travessia
Campestre
para RúbiaQuerubim
e Sérgio
Sampaio in memória
a travessia você faz
como quiser
ou como pode
no lombo do cavalo
ou na garupa do bode
Federika Bezerra : A Porta Bandeira
Que BorTou Olivácio Doido
Em mil novecentos e vinte e cinco
na noite de orgias satanazes
um raio de trovão incandescente
rachou a igreja em Goytacazes
um vulto do despacho então desceu
movido por farol de grande luz
tocou na pedra quebrou cruz
a Rainha do Fogo dessa gente
Federika de ouro azul e prata
na porta da igreja foi parida
criada pelo Padre Olivácio
que logo depois lançou na vida
aos cindo de idade encantada
foi pega masturbando em sacristia
por causa de um sonho com o príncipe
DuBoi da mais sagrada putaria
Expulsa da cidade foi pra longe
cresceu entre os jardins de JardiNÓpolis
mas se você pergunta Freud Explica:
- o seu palácio agora é em Petrópolis
Aos dezenove plena de alegria
conheceu Gigi da Bateria
na porta do Beco de Satã
na festa federal do Bar da Lama
a Deusa dos Lençóis de toda cama
sorrindo para ver como é que fica
dá um corte na história inverte o drama
e transforma Ouro Preto em Vila Rica
e assim vamos cantar em verso e prosa
a saga dessa Deusa Iansã
que em busca da mordida na maçã
sonhava encontrar Guimarães Rosa
Viemos do SerTão para os seus braços
porque a Mocidade Independente
é a mais fina e pura Flor do Lácio
afilhada do secular Padre Miguel
e fiel ao seu pai Padre Olivácio
e para completar a grande roda
trazemos o cacique Pau BraZil
o centenário Oswald de Andrade
filho da paulicéia que pariu!
Passando pelas bandas do Catete
dançando na maior intensidade
macumba com o índio brasileiro
nossa Ex-Cola campeã da liberdade
Federika engravidou o grafiteiro
do famoso cacete Samaral
que escrevia pelos muros da cidade:
Mocidade já ganhou o Carnaval!
e assim vamos cantar na grande roda
tudo o que deu e o que não deu
o dia que um pastor bem collorido
pensou ser pai de santo e se fudeu!
a mulher do tempo
linda felina de fellini
que o meu olho felino
descobriu
extasiado me pergunto
:
quem foi o grande zeus
que inventou
ou foi a mãe de eros
que pariu ?
Federico Baudelaire
mestre salada Mocidade Independente de Padre Olivácio - A Escola de Samba Oculta no InConscinete Coletivo
https://www.facebook.com/federicoduboi
7
Aos cinco anos de idade
minha mãe não me assumiu
e me entregou pro padre
que morava com uma freira
cresci então na Mocidade
e me tornei Porta Bandeira
em mim
quem manda é zeus
entre os meus segredos
e os teus
o sagrado é só profano
quando rasgo os panos
e me perco em sanhas
minha arte/manha
singra em mim cigana
quando estou profana
e o cio assanha
e me entrego ossanha
quando ogum me quer
seja qual for a cama
pra me fazer mulher
Federika Bezerra
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