Jura secreta 23
a lavra da pa/lavra quero
a lavra da palavra quero
quando for pluma
mesmo sendo espora
felicidade uma palavra
onde a lavra explora
se é saudade dói mas não demora
e sendo fauna linda como a Flora
lua Luanda vem não vá embora
se for poema fogo do desejo
quando for beijo que seja como agora
poema
18
respiro-te enquanto
escrevo
teu cheiro trazido pelo
vento
vem da carne de manga
que mastiguei cinco
minutos
tens o poder de me deixar
em alfa
e me levar aos
píncaros nesse estado êxtase
quando estou em transe
quando alfa é beta
e o luar da tarde são teus
olhos raios
que os meus
acerta
o que existe por trás da poesia
língua de sal
lambendo a pele
do amor à flor da pele
Diador-in
avessa em mim
branquinha como a neve
me leve
para dentro da tua casa
a poesia é o infinito da pessoa
te empresto minhas asas
pare de caminhar e voa
Jura Secreta 34
porque
te amo
e amor não tem pele
nome ou
sobrenome
não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos
mas
não tenha medo
pode sangrar pode doe
e ferir fundo
mas é razão de estar no mundo
nem que seja por segundo
por um beijo mesmo breve
porque te amo
no sol no sal no mar na neve
Afiando a CarNAvalha
cocada agora
só se for de coco
paçoca de amendoim
cigarro só se for de palha
cacique só se for da mata
linguagem só tupiniquim
bala só se for de prata
água só se aguardente
tônica só se for com gim
estado só se for de surto
eleição só se for sem furto
brilho só no camarim
golaço só se for de letra
Ronaldo só se for Werneck
malandro só se mandarim
política só se for decente
partido só sem presidente
governo eu que mando em mim
batismo só se for de pia
Congresso só de Poesia
Reinaldo pode ser Valinho
inda melhor se for Jardim
ela me chega assim
bailarina
como uma tarde de música
envolta em física quântica
etérea qual labirinto
para dizer o que sinto
e desvendar teu endereço
procuro em teu livro
secreto
palavras que não conheço
funk dance funk
a noite inteira in-Vento Joplin
na fagulha
jorrando Cocker na fornalha
funkrEreção fel fala
Fábio parada de Lucas é logo ali
trilhando os trilhos centrais do braZil.
rajadas de sons cortando os ínfimos
poemas sonoros foram feitos para os íntimos
conkretude versus conkrEreção
relâmpagos no coice do coração.
quando ela canta Eleonora de Lennon
lilibay sequestra a banda no castelo de areia
quando ela toca o esqueleto de Lorca
salta do som em movimento enquanto houver
e federika ensaia o passo
que aprendeu com Mallarmè
punkrEreção pancada
onde estão nossos negrumes?
nunkrEreção negróide nada.
descubro o irado Tião Nunes
para o banquete desta zorra
e vou buscar em Madureira
a Fina Flor do Pau Pereira.
antes que barro vire borra
antes que festa vire forra
antes que marte vire morra
antes que esperma vire porra,
ó baby a vida é gume
ó mather a vida é lume
ó lady a vida é life!
numa cidade abstrata
sem sentido ou significado
matadouro é arte concreta
veracidade é pecado
pago com pena de morte
esta máquina de escrever
fotografada em Itaguara
como um poema de Lorca
escrito em Nova Granada
cravado em Araraquara
você não sabe onde está
você não sabe onde é
você não sabe de quem foi
este punhal na metáfora
que sangra a carne do boi
Artur Gomes
www.secretasjuras.blogspot.com
A poesia é meta física
meta quântica
Itaipu é um paraíso
dentro do que restou
da Mata Atlântica
Gigi Mocidade
www.coletivomacunaimadecultura.blogspot.com
Fulinaíma
MultiProjetos
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