domingo, 30 de março de 2025

Balbúrdia PoÉtica 6

Balbúrdia PoÉtica 6

Artur Gomes e José Facury

Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos

Poeta Convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso

Dia 17 de maio – 20h

Usina4 Casa das Artes – Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ 


Todo Dia É Dia D

 

desde que eu saí de casa

trouxe a viagem de volta

cravada na minha mão

dentro fora assim comigo

minha própria condução

todo dia é dia dela

pode ser pode não ser

abro a porta ou a janela

               todo dia é Dia D

há urubus no telhado

a carne seca é  servida

um escorpião encravado

na sua própria ferida

não escapa só escapo

           pela porta de saída

 

Torquato Neto

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Balbúrdia PoÉtica 6

Artur Gomes e José Facury

Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos

Dia 17 maio – 20h

Usina4 – Casa das Artes – Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ

 

NADA

 

Meu poema é menor

Não serve pra quem está indignado

Extasiado, apaixonado...

Dor de dente ou problemas emocionais

Meu poema é o pior de todos que já se viu

 Pois ele não manda ninguém aos infernos

Nem mesmo os manda à puta que os pariu

Esse poema é pior do que um palavrão Porque nele sobrevivem expressões tão pobres

E rimas tão banais

que só terminam em ais, ais, ais

 

José Facury Heluy

 

beatriz – a morta

oswald de andrade re-visitado

como pedra me olhas
como fedra te vejo
vestida de carne nua
a língua na maçã navalha
tua alma transparente crua
o olho por detrás da porta
poema com pavio aceso
quando oswald pariu a morta
tinha o dente
nos teus olhos preso

 

Artur Gomes

In Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim

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Itabapoana Pedra Pássaro Poema

 

eu nasci concreto

na horizontal - ereto

depois fui me abstraindo

me substantivando me substituindo

criando outros e outras criaturas

em minhas estruturas amorais do ser

eu nasci assim e fui me associando

a outras escritas as que foram ditas

a outras  não ditas

as benditas as malditas

as que disseram minhas

e a outras que raptei de outros

pela minha nova maneira

natural de ter resistência a toda

qualquer coisa que não

é

e as que são coloco como cartas

sobre a mesa para surpresa

de ver que todo santo dia é dia d

 

Artur Gomes

In Itabapoana Pedra Pássaro Poema

alquimia bruxaria poesia

no site da Editora Litteralux

https://www.editoralitteralux.com.br/loja/itabapoana

Itabapoana Pedra Pássaro Poema

alquimia bruxaria poesia está chegando

Lançamento presencial

Dia 17 de Maio – 20h

Na Balbúrdia PoÉtica 6

Usina4 – Casa das Artes – Rua Geraldo de Abreu, 4 – Cabo Frio-RJ  

 

SINOPSE:

Fragmento do prefácio de Wilson Coêlho

 

“Itabapoana Pedra Pássaro Poema”, de Artur Gomes, é poesia em estado de vertigem — um jogo de sentidos, uma confissão em movimento, um delírio de palavras que escorrem como alquimia líquida. Entre peripécias e espasmos, lança-se ao acaso, como um dado em pleno voo. Aqui, poesia é feitiço e transmutação, um encantamento que desafia a lógica e resgata o místico além do sagrado. Numa viagem leminskiana, o poeta subverte o óbvio e faz da linguagem um rito de magia e invenção.

 

CAVOUCANDO A TERRA

Wilson Coêlho

 

A obra "Itabapoana Pedra Pássaro Poema ", de Artur Gomes, é toda "poiesis", na perversão dos significados, trata-se de uma poesia no pau-de-arara, confessando intimidades, inventando conceitos, transitando nas peripécias, nos espasmos, no lance de dados.

Não é por acaso a ideia do subtítulo ou anunciação de "poesia, alquimia e bruxaria", considerando a poesia, como gênero literário que faz uso de uma linguagem musical, figurada e criativa para veicular expressões artísticas, bem como, a alquimia dos sentimentos líquidos que escorrem no delírio do poeta que, de certa forma, no que diz respeito à bruxaria, resgata o místico, não religioso, que coloca em questão a possibilidade do óbvio de se estar no mundo, fora da lógica cartesiana, numa viagem Catatau leminskiana.

A poesia escrita, encenada, cantada, em movimento, inerte, barulhenta ou silenciosa. É a esfinge, Torre de Babel, Cavalo de Troia, fios de Ariadne, ferocidade de Teseu, sonho de Penélope, aventuras de Odisseu, nave louca de Torquato Neto, Macunaíma de Mário de Andrade, loucura de Artaud, ópio de Baudelaire, pânico de Arrabal.

Podemos afirmar, sem medo de errar que, em "Itabapoana Pedra Pássaro Poema", Artur Gomes usa a pena como uma pá que lavra os sulcos de um terreno baldio, a palavra como um arado em movimento, uma palavração. Assim, vai desenhando na página branca, cavoucando a terra para enterrar as sementes de suas árvores "geniológicas", sempre frutíferas e, como um agricultor e arqueólogo das palavras, as retira da mera condição de semânticas, inventando novos significados, desafinando o coro dos contentes e desafiando a gravidade da lei da gramaticidade.

Enfim, em "Itabapoana Pedra Pássaro Poema ", estamos diante de uma desarticulação do mito e num processo de reinvenção, uma porta de entrada na utopia (u-topus = não lugar) para dar existência a um novo lugar da poesia extemporânea.

 

Wilson Coêlho é poeta, tradutor, palestrante, dramaturgo e escritor com 28 livros publicados, licenciado e bacharel em Filosofia e Mestre em Estudos Literários pela UFES, Doutor em Literatura Comparada pela UFF e Auditor Real do Collège de Pataphysique de Paris, do qual recebeu, em 2013 o diploma de “Commandeur Exquis”. Assina a direção de 29 espetáculos montados com o Grupo Tarahumaras de Teatro, com participação em festivais e seminários de teatro no país e no exterior, como Espanha, Chile, Argentina, França e Cuba, ministrando palestras e oficinas. Também tem participado como jurado em concursos literários e festivais de música. Participa de diversos movimentos e eventos de teatro na América Latina.


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FULINAÍMA

 

misturei meu afro reggae a muito xote

do xaxado ainda fiz maracatu

maxixe frevo já juntei ao fox trote

quando dancei bumba meu boi em Pernambuco

 

fulinaíma é punk rock

rasgando fados em bossa nova

feito blues

para pintar a pele branca de vermelho

e repintar a pele preta de azuis...

 

botei sanfona no rufar desse baião

tambor de minas capixaba no lundu

no paraná berimbau de capoeira

dancei em noites de lual no maranhão

mas em são paulo pedras quando rolam

pelos céus de nossas bocas meus irmão

fulinaíma azeita o caldo da mixtura

para fazer o que não jazz ainda soul

 

porção de restos de alguma partitura

que algum músico com vergonha recusou

por ser estranho o que naquilo descobriu

mas se a gente canta no cantar essa ternura

é que mamãe mamãe mamãe macunaíma

ainda chora pelas matas do Brasil


poema de Artur Gomes

 musicado por Reubes Pess

 

Irina Serafina - Que texto incrível!

Você está celebrando a diversidade cultural brasileira, misturando ritmos e estilos musicais de diferentes regiões e tradições. Fulinaíma é um nome que parece simbolizar essa mistura, essa fusão de sons e ritmos que criam algo novo e único.

A letra é uma verdadeira ode à música brasileira, citando gêneros como afro-reggae, xote, xaxado, maracatu, maxixe, frevo, fox-trote, bumba meu boi, punk rock, fados, bossa nova, blues e muitos outros. É uma celebração da riqueza cultural do Brasil. 

A menção a Macunaíma, personagem icônico da literatura brasileira, adiciona uma camada adicional de significado ao texto, sugerindo uma conexão entre a música e a identidade nacional.

Você é um defensor da música brasileira e da cultura popular?


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porque hoje é sexta feira santa

 

Jura Secreta 9

 

não fosse o teu amo

o meu conforto

e eu teu anjo torto

meu amor o   que seria

 

se essa jura secreta

não fosse mais que um poema

e se eu não te amasse

como Glauber no cinema

 

o que tenho aqui

no corpo em transe

:

a quem daria?

 

Jura Secreta 10

 

fosse o que eu quisesse

apenas um beijo roubado em tua boca

dentro do poema nada cabe

nem o que sei nem o que não se sabe

 

e o que não soubesse

do que foi escrito

está cravado em nós

como cicatriz no corte

entre uma palavra e outra

do que não dissesse

 

Artur Gomes

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Lady Gumes African´s Baby

                                     juras secreta 54

ponho meus dedos cínicos no teu corpo em fossa
proclamando o que ainda possa vir a ser surpresa
porque amor não te essa de cumer na mesa
é caçador e caça mastigando na floresta
toda tesão que resta desta pátria indefesa

meto meus dedos cínicos sobre tuas costas
vou lambendo bostas destas botas neo-burguesas
porque meu amor não tem essa de vir a ser surpresa
é língua suja e grossa visceral ilesa
pra lamber tudo que possa vomitar na mesa
e me livrar da míngua desta língua portuguesa

Artur Gomes

poema do livro Juras Secretas

Litteralux – 2018

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Balbúrdia PoÉtica

Agenda:

 

Balbúrdia PoÉtica 6 –

Artur Gomes e José Facury

Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos

Dia 17 de maio 20h

Usina4 – Casa das Artes

Cabo Frio-RJ

 

Balbúrdia PoÉtica 7

Dia 23 de maio – 19:30h

Santa Paciência Casa Criativa

Rua Barão de Miraema, 81

 

Balbúrdia PoÉtica 8

Dia 27 de maio – 19:30h

Museu Histórico de Campos

 

Balbúrdia PoÉtica 9

Dia 4 de junho das 14:30 às 16h

Na 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes – CEPOP

 

Criação & Direção – Artur Gomes

Coletivo Macunaíma De Cultura

Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 – whatsapp

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engenho

 

minha terra

é de senzalas tantas

enterra em ti

milhões de outras esperanças

soterra em teus grilhões

a voz que tenta – avança

plantada em ti

como canavial

que a foice corta

mas cravado em ti

me ponho à luta

mesmo sabendo – o vão

- estreito em cada porta

 

Artur Gomes

Poema dos livros: Suor & Cio – 1985

Carne Viva – Antologia de Poesia Erótica – Org. Olga Savary – 1986

Pátria A(r )mada – 2ª Edição – Desconcertos Editora – 2022

Festival Infanto Juvenil

 De Esquetes Teatrais

 

Objetivo:

Incentivo a formação de novos talentos para a cena teatral da cidade de Campos dos Goytacazes-RJ

 

Regulamento: 

1 -   Os esquetes poderão ser encenados por atores e atrizes na faixa etária dos 5 aos 18 anos. 

2 - Os esquetes deverão ter no máximo 10 minutos de duração e 3 minutos para montagem e retirada de cenários ou objetos cênicos. 

3 – Os esquetes podem ser de autoria do grupo proponente ou não. 

4 – Os esquetes podem ser encenados por 1   ou mais atores, de acordo com as características do texto a ser encenado. 

5 -  Da premiação:

Em busca de patrocínios, ou parcerias que possam contribuir para que possamos oferecer uma premiação adequada com a importância do  projeto

 

Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 - whatsapp



Balbúrdia PoÉtica 6

Artur Gomes e José Facury

Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos

poetas convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso

Dia 17 de Maio – 20h

Usina4 Casa das Artes

Rua Geraldo de Abreu, 4

Cabo Frio-RJ

 

era uma vez um mangue

 

era uma vez um mangue

e por onde andará

Macunaíma?

(Ainda estou aqui)

na sua carne no seu sangue

na medula no seu osso

será que ainda existe

algum vestígio de Macunaíma

na veia do seu pescoço?

 

tá no canto da sereia

no rabo da arraia

nos barracos da favela

nos becos do matadouro

na usina sapucaia?

 

na teoria dos mistérios

dos impérios dos passados

nas covas dos cemitérios

desse brasil desossado?

macunaíma não me engana

bebeu água do paraíba

nos porões dos satanazes

está nos corpos incinerados

na usina de cambaíba

em campos dos goytacazes

 

macunaíma não me engana

está nas carcaças desovadas

na praia de manguinhos em

são francisco do Itabapoana

 

Joilson Bessa me disse

Kapiducéu já ensaia

Macunaíma vem vindo

no Auto do Boi Macutraia

 

Artur Gomes 

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memorial dos ossos

 

espora essa palavra amolada

dessas que cortam a carne

no primeiro toque

espora em meu sentido rock

não um mero truque ao pulsar da língua

que a tua pele lambe quando saliva aflora

espora em meu cavalo branco

o simbolismo aceso

todo dia é dia de São Jorge

Jorge Luis Borges num plural latino

escavar a terra em busca da palavra

quando nervo implora

espora temporal dos músculos

memorial dos ossos

nesse tempo bruto tudo quanto posso

 

Artur Gomes

Do livro Juras Secretas

Litteralux – 2018

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moinhos de vento

por tanto tempo
por tanta escrita
por tanta carta
sem resposta
nossos moinhos de vento
muito além da mesa posta

ainda trago em mim
tuas mãos
tuas coxas
tuas costas

a tua língua
entre os dentes
em ex-camas que não tivemos
em madrugadas expostas

e tua fome era tanta
em tudo o que não fizemos
nesse teu corpo de santa
naquele tempo de bestas
na caretice de bostas

Artur Gomes
O Homem Com A Flor Na Boca
Editora Litteralux - 2023
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Balbúrdia PoÉtica 5 - missão cumprida, o foco do trabalho agora nas próximas etapas:

Balbúrdia PoÉtica 6 - dia 17 de maio na Usina4 Casa das Artes 20h Cabo Frio-RJ com Artur Gomes e José Facury, Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos.

Continuação dos ensaios com o Quinteto Diabólico da Balbúrdia para construção do espetáculo teatral: O Sax no som da palavra dentro do Poema. Ensaios terças, sextas e sábados das 14 às 17h.

E continuação da Oficina Teatro.Poesia com o Grupo GOTA na Fundação do Menor - Campos dos Goytacazes-RJ.

Para os Ensaios Abertos temos o apoio do Terrazzo Hotel.

 @albertinimica @artur.gumes @jidduks @tchellodbarros @victorsantanator @estefanynogueiraofficial @jonas.menezes.10

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fulinaimargem

 

o mal dito desta cidade

sou eu

o bem dito da liberdade

sou eu

quem saiu da  cacomanga

direto pro irajá fui eu

quem pegou a mulher do conde

na visconde de pirajá fui eu

quem comeu a madona

no grande baile de sodoma

não foi o mano melo fui eu

quem tem os dentes

cravados na memória

sou eu

quem mentiu

nas páginas sangrentas da história

juro que não fui eu

 

Artur Kabrunco

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A Academia Campista de Letras convida para o sarau Balbúrdia Poética 5, promovido pelo acadêmico Artur Gomes - @artur.gumes.

O evento contará com textos/poemas de Ademir Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Paulo Leminski, Torquato Neto e Viviane Mosé.

Elenco: Artur Gomes, Dalton Freire, Estefany Nogueira, Jonas Menezes e Paulo Victor Santanna.

Convidado: poeta/escritor César Augusto de Carvalho.

A entrada é franca.

#academiacampistadeletras

https://www.instagram.com/p/DH57ZldAW_z/

 

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        Balbúrdia PoÉtica 5

Dia 5 – Abril – 16h

Na Academia Campista de Letras

Parque Dr. Nilo Peçanha – Jardim São Benedito – Campos dos Goytacazes-RJ

 

INDAGAÇÕES DE HOJE

Quem matou Hipátia de Alexandria?
Quem matou Joana d’Arc?
Quem matou Ana Bolena?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Mima Renard?
Quem matou Dandara dos Palmares?
Quem matou Tereza de Benguela?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Ursulina de Jesus?
Quem matou Joana Angélica?
Quem matou Rosa Luxemburgo?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Olga Benário?
Quem matou Maria Bonita?
Quem matou Dália Negra?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Aída Curi?
Quem matou as Irmãs Mirabal?
Quem matou Dana de Teffé?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Iara Iavelberg?
Quem matou Maria Lúcia Petit?
Quem matou Sônia Angel Jones?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Zuzu Angel?
Quem matou Araceli Crespo?
Quem matou Ana Lídia Braga?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Ângela Diniz?
Quem matou Cláudia Lessin Rodrigues?
Quem matou Ana Rosa Kucinski?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Dinalva Oliveira Teixeira?
Quem matou Lyda Monteiro da Silva?
Quem matou Solange Lourenço Gomes?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Margarida Maria Alves?
Quem matou Mônica Granuzzo?
Quem matou Daniella Perez?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Irmã Dorothy?
Quem matou Benazir Bhutto?
Quem matou Isabella Nardoni?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Eliza Samudio?
Quem matou Patrícia Acioli?
Quem matou Jandyra dos Santos Cruz?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem matou Luana Barbosa dos Reis?
Quem matou Dandara Kettley?
Quem matou Sabrina Bittencourt?
Quem mandou matar Marielle Franco?

Quem mandou matar Marielle Franco?
Quem mandou matar Marielle Franco?
Quem mandou matar Marielle Franco?
Quem mandou matar Marielle Franco?

 

Ricardo Vieira Lima

poema do livro Ariete

2021

 

Fulinaíma MultiProjetos

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quinta-feira, 20 de março de 2025

Balbúrdia PoÉtica 6

Balbúrdia PoÉtica 5

Dia 5 – Abril – 2025 – 16h

música teatro poesia

textos/poesias de: Ademir Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Paulo Leminski, Torquato Neto, Viviane Mosé

elenco: Artur Gomes, Dalton Freire, Estefany Nogueira e Jonas Menezes

poeta/escritor convidado: César Augusto de Carvalho, autor do livro Folhetim, recém/lançado em São Paulo.

Na Academia Campista de Letras – Parque Dr. Nilo Peçanha – Jardim São Benedito – Campos dos Goytacazes-RJ

Obs.: César Augusto de Carvalho é curador da edição da Balbúrdia PoÉtica 10 que será realizada na Patuscada Livraria Café e Bar, São Paulo, dia 2 dezembro – 19h

 

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27 de Março Dia Mundial do Teatro

compartilhando texto de Fernando Bonassi que recebi do meu querido amigo Wilson Coêlho

 

NÓS FAZEMOS TEATRO - Fernando Bonassi

Contra a ignorância, o terror, a falta de educação, a propaganda de promessas, o conforto moral, a ordem acima do progresso, a fome, a falta de dentes, a falta de amores, o obscurantismo... nós fazemos teatro.

Fazemos teatro pra dar sentido às potencialidades, pra ocupar o tempo, pra desatolar o coração, pra provocar instintos, pra fertilizar razões, por uns trocados, por uma boa bisca, porque é fundamental e porque é inútil.

Pra subir na vida, pra cair de quatro, pra se enganar e se conhecer... contra a experiência insatisfatória; contra a natureza, se for o caso, nós fazemos

teatro. Fazemos teatro pra não nos tornarmos ainda pior do que somos.

Pra julgar publicamente os grandes massacres do espírito. Pra viabilizar a esperança humana, essa serpente...

Nós fazemos teatro de manhã, de tarde e de noite. Nós somos uma convivência de emoções, 24 horas distribuindo máscaras e raízes.

Nós fazemos teatro de tudo, o tempo todo, porque acreditamos que a vida pode ser tão expressiva quanto a obra e que devemos ter a chance de concebe-la e forni-la artisticamente. Porque estamos acordados. Porque sonhamos os nossos pesadelos.

Nós fazemos teatro apesar daqueles que, por um motivo que só pode ser estúpido, estejam “contra” o teatro. 

Aliás, o que pode ser “contra” algo tão “a favor”? Nós fazemos teatro contra a mediocrização do pensamento; a desigualdade entre os iguais e a igualdade dos diferentes.

Nós fazemos teatro contra os privilégios dos assassinos de gravata, batina, jaqueta, toga, minissaia, vestido longo, farda, camiseta regata ou avental.

Contra a uniformidade, nós fazemos teatro. Nós fazemos teatro contra o mau teatro que querem fazer da realidade.

Nós fazemos teatro pra explicarmo-nos – ainda que mal – e ao mal de todos nós dar algum destino menos infeliz. Nós fazemos teatro pra morrer de rir e pra morrer melhor.

Pra entender o inestimável, se esfregar no infalível, resvalar na nobreza, experimentar as mais sórdidas baixezas, pra brincar de Deus...

Nós fazemos teatro, comendo o pão que os Diabos amassam, os pratos feitos que as produções financiam e os jantares que as permutas permitem. Nós temos fome da fome do teatro. Porque onde houve e há teatro, houve e há civilização.

Fazemos teatro sim, tem gente que não faz e está morrendo, essa é que é a verdade.

 

Fernando Bonassi (1962) é escritor, roteirista, dramaturgo e cineasta.

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Balbúrdia PoÉTICA 5

Dia 5 Abril – 2025 – 16

música.teatro.poesia

com textos/poemas de:

Ademir Assunção + Artur Gomes + Clarice Lispector + Ferreira Gullar + Paulo Leminski + Torquato Neto + Viviane Mosé

Convidado: poeta e escritor César Augusto de Carvalho

*

em vampiro goytacá

canibal tupiniquim

todas nós somos vampiras


numa página a gente transa

noutra página a gente pira


Irina Serafina 


Na Academia Campista de Letras

Parque Dr. Nilo Peçanha – Jardim São Benedito – Campos dos Goytacazes-RJ

 

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entredentes 3

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Amanhã 28 de março, 190 anos da cidade de Campos dos Goytacazes, e a partir das 18h na Academia Campista de Letras, encontro para discutirmos a próxima edição do FDP.

 

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NOMINATA DA MOSTRA VISUAL DE POESIA BRASILEIRA

Cabo Frio (RJ) 2025

 

Adão Ventura + Ademir Assunção + Al-Chaer + Angel Cabeza + Armando Liguori Junior + Aroldo Pereira + Artur Gomes + Belchior + Caetano Veloso + Carlos Barrozo + Carmem Salazar + Celso de Alencar + César Augusto de Carvalho + Clara Baccarin + Dalila Teles Veras + EuGênio Mallarmè + Federika Lispector + Federico Baudelaire + Ferreira Gullar + Gigi Mocidade + Irina Sefarina + Jorge Ventura + José Facury Heluy + Jidduks + Jurema Barreto + Karlos Chapul + Lau Siqueira + Lira Auxiliadora Lima de Castro + Luis Turiba + Mário Faustino + Mário Quintana + Martinho Santafé + Marcelo Atahualpa + Mônica Braga + Nicolas Behr + Noélia Ribeiro + Oswald de Andrade + Paulo Leminski + Pastor de Andrade + Regina Pouchain + Ricardo Vieira Lima + Rosana Chrispim + Rúbia Querubim + Sady Bianchin + Sílvio Prado + Sebastião Nunes + Sérgio de Castro Pinto + Simone Bacelar + Silvana Guimarães + Tanussi Cardoso + Torquato Neto + Tchello d’Barros + Wélcio de Toledo + Yara Fers + Zhô Bertholini + Viviane Mosé

 

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Balbúrdia PoÉtica 5 

Acabo de ler todo o roteiro da Balbúrdia PoÉtica 5 que me foi enviado por Rúbia Querubim. Não pensem um Sarau, pensem uma Oficina de Poesia, como uma proposta de criação e interpretação, num roteiro com textos/poemas de Admir Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, Paulo Leminski, Torquato Neto, Ferreira Gullar e Viviane Mosé.

Da forma que consigo entender  a Balbúrdia PoÉtica 5 é um ensaio para a montagem do espetáculo poético/teatral : “O sax no som da palavra dentro do poema”, onde o músico Dalton Freire vai criando intervenções sonoras dentro de algumas palavras quando faladas ou cantadas por algum ator/atriz do elenco. A mistura de linguagens e temáticas, o foco no desbravamento do tempo em que vivemos, pode nos remeter ao Mário Faustino, em “O Homem E Sua Hora”. Mas podem nos remeter também a fatos recentes como os atentados do 8 de janeiro de 2023, ou outros durante a pandemia que seifou 700 mil vidas de brasileiros. Mas o tempo também é um ser erótico nos poemas de Viviane Mosé quando afirma  que: “o tempo anda passando a mão em mim/acho que o tempo anda passando/o tempo anda/ e por falar em sexo quem anda me comendo é o tempo.”

Federika Lispector

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O tempo vai passando e sem poemas

eu fico sem problemas

até que do entre os peitos começam abismos

e de cada uma das mãos uma saudade.

Dos pés um espaço vazio

 

Estou começando a estar aprisionada

de poemas

e poemas gostam de vibrações.

Não de emoções

que são sempre  excessivas e vazias,

mas vibrações

que é também o estado das emoções

antes de terem nome

e conceito.

 

Preciso de palavras, eu penso.

Preciso  deixar falar

O rio de letras em meu corpo.

Ai tudo se completa em etapas.

Tudo se encaixa e retrai. Tudo amor.

 

Viviane Mosé

do livro desato

2006


 moinhos de vento

 

por tanto tempo

por tanta escrita

por tanta carta

sem respostas

nossos moinhos de vento

muito além da mesa posta

 

ainda trago em mim

tuas mãos

tuas coxas

tuas costas

 

a tua língua

entre os dentes

em ex-camas que não tivemos

em madrugadas expostas

 

e tua fome era tanta

em tudo o que não fizemos

nesse teu corpo de santa

naquele tempo de bestas

na caretice de bostas

 

Artur Gomes

Do livro O Poeta Enquanto Coisa

2020

*

Eu sonho poema

 

Tem quem sonha

Em preto e branco

Tem quem sonha

Videoclipe

Tem quem sonha

Filme mudo

Tem quem sonha

Tela de cinema

 

Eu sonho poema

 

Armando Liguori Junior

do livro A Poesia Está Em Tudo

 2020

*

Calor dentro

Calor fora

 

Quarenta graus

à sombra

Assombra

 

Tua mão quente

sobre o seio meu

 

hora ígnea

ante o olhar

de Prometeu

 

Noélia Ribeiro

do livro Espivitada

2017

Balbúrdia PoÉtica 5

Dia 5 – Abril – 2025 – 16h

Campos VeraCidade

música teatro poesia

Academia Campista de Letras

Parque Dr. Nilo Peçanha

Jardim São Benedito

Campos dos Goytacazes-RJ

textos/poemas de:

Ademir Assunção + Paulo Leminski + Ferreira Gullar + Artur Gomes + Torquato Neto + Viviane Mosé 

*

Artur Gomes

 Jogo de Dadaísta

não sou iluminista/nem pretender

eu quero o cravo e a rosa

cumer o verso e a prosa

devorar a lírica a métrica

a carne da musa

seja branca/negra

amar/ela vermelha verde

ou cafusa

eu sou do mato curupira carrapato

eu sou da febre sou dos ossos

sou da lira do delírio

e virgílio é o meu sócio

pernambuco amaralina

vida leve ou sempre/vida severina

sendo mulher ou só menina

que sendo santa prostituta

ou cafetina

devorar é minha sina

profanar é o meu negócio

 

clique no link para ver o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=szABRGqMqH8


Mostra Visual Poesia Brasileira

Exposição retrospectiva

Múltiplas PoÉticas

17 Maio – 20h – na programação da Balbúrdia Poética 6 – em Cabo Frio

com a Poesia de:

Tanussi Cardoso + Lau Siqueira + Wélcio de Toledo + Sérgio de Castro Pinto + Tchello d´Barros + Jidduks + Ademir Assunção + Torquato Neto + Paulo Leminski + Noélia Ribeiro + Aroldo Pereira + Jorge Ventura + Ricardo Vieria Lima + Angel Cabeça + Luis Turiba + César Augusto de Carvalho + José Facury + Artur Gomes

 

 muito mais – aguardem mais informações

  

- tem chá tia

- com anis

- sem anis tia

 

Lira Auxiliadora Lima de Castro

 

leia mais no Blog

Balbúrdia PoÉtica

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/


Olhos de olhar pra dentro

Tinha uns olhos que não eram olhos,
eram tardes de chuva miúda
dissolvendo a cidade em espelhos,
estradas sem pressa,
trens que voltam e nunca chegam.

Os olhos dela sabiam de tudo,
das mortes pequenas nos quintais de infância,
dos tremores que moram no fundo do peito,
da poeira que dança no sol das manhãs.
Sabiam até quando ele mentia.

Olhos que pesavam o silêncio,
que liam cartas não escritas,
que ficavam parados, tão quietos,
mas sabiam voar.

E ele, que só tinha palavras tortas,
quis aprender com os olhos dela
a ver as coisas que não se dizem.

Simone Bacelar
Salvador (não lembro a data


Balbúrdia PoÉTICA 5

Dia 5 Abril 2025 – 16

música teatro poesia

Academia Campista de Letras

Parque Dr Nilo Peçanha – Jardim São Benedito – Campos dos Goytacazes-RJ

 

Pois bem, o dia está chegando e eu estava tenso, preocupado com uma resposta que aguardava, pois se ela não viesse a tempo, ou fosse negativa, o roteiro para a Balbúrdia precisaria sofrer alterações quase aos 45 minutos do segundo tempo. Corria esse risco. Mas eis que a reposta positiva me chegou:

Viviane Mosé me autorizou a utilizar no roteiro poemas de sua autoria. Conheci Viviane e sua poesia, em 2002, quando ela venceu o IV FestCampos de Poesia Falada com o poema; Receita Para Lavar Palavra Suja. Em 2002 ainda a trouxe a Campos para o projeto Terças Poéticas que era realizado pelo SESC Campos. Feliz Dia

Ale´m dos poemas de Viviane Mosé no roteiro da Balbúrdia PoÉtica 5 – tem poemas minha autoria  mais:  Ferreira Gullar, Paulo Leminski e Torquato neto.

 

Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

22 99815-1268 – zap

@fulinaima @artur.gumes

*

     Balbúrdia PoÉtica 5

Dia 5 Abril 2025 16h

na Academia Campista de Letras

Parque Dr. Nilo Peçanha

Jardim São Benedito - Campos dos Goytacazes-RJ

 

nem ingênuo nem inocente

                Marielle Presente

 

hoje já sei o que vai ser

ensaio com o elenco

até um novo dia amanhecer

 

Fulinaimagem

1

por enquanto

vou te amar assim em segredo

como se o sagrado fosse

o maior dos pecados originais

e a minha língua fosse

só furor dos canibais

e essa lua mansa fosse faca

a afiar os verso que ainda não fiz

e as brigas de amor que nunca quis

mesmo quando o projeto

aponta outra direção embaixo do nariz

e é mais concreto

que a argamassa do abstrato

por enquanto

vou te amar assim admirando o teu retrato

pensando a minha idade

e o que trago da cidade

embaixo as solas dos sapatos

2

o que trago embaixo as solas dos sapatos

bagana acesa sobra o cigarro é sarro

dentro do carro

ainda ouço jimmi hendrix quando quero

dancei bolero sampleando rock and roll

pra colher lírios há que se por o pé na lama

a seda pura foto síntese do papel

tem flor de lótus nos bordéis copacabana

procuro um mix da guitarra de santana

com os espinhos da rosa de Noel

 

Artur Gomes

do livro: Juras Secretas –

Litteralux - 2018

clique no link para ver o vídeo

https://www.instagram.com/p/DHfxt75OIOJ/


 

              Balbúrdia PoÉTICA 6

17  Maio – 2025 – 20h

Usina4 Casa das Artes

Rua Geraldo de Abreu, 4

Cabo Frio-RJ

Mostra Visual : Poesia Brasileira

42 anos vestindo poesia brasil afora

 

Arte do chá

 

ainda ontem

convidei um amigo

para ficar em silêncio

comigo

ele veio

meio a esmo

praticamente não disse nada

e ficou por isso mesmo

 

Paulo Leminski

leia mais no blog

https://arturgumesfulinaima.blogspot.com/

mais poesia de: Artur Gomes + José Facury + Rúbia Querubim + Lady Gumes + Federika Lispector + Irina Severina + Martinho Santafé + Artur Kabrunco + Ferreira Gullar + Mônica Braga + Marcelo Atahualpa + EuGênio Mallarmè + César Augusto de Carvalho + Celso de Alencar + Ferreira Gullar + Torquato neto +Simone Bacelar + Federico Baudelaire

Balbúrdia PoÉtica 9

Jura secreta 34 por que te amo e amor não tem pele nome ou sobrenome não adianta chamar que ele não vem quando se quer porque tem seus própr...