segunda-feira, 14 de julho de 2025

Artur Gomes 77 Anos de Vida e 52 de Poesia Viva

Balbúrdia PoÉtica

 

Federico rasgou a rede

cortou a censura

colocou a dita/dura

                     na parede

 

poesia ali na mesa

geleia geral – relâmpagos

faíscas da surpresa

 

diariamente no blog

https://fulinaimagemfreudelerico.blogspot.com/

Revirando A Tropicália

 

geleia geral arte que renasce

como grão de uma semente

plantada ao chão que Deus me deu

sempre Nu cio

ela moça que mora longe

me lança a flecha do outro lado do rio

Itabapoana Pedra Pássaro Poema

música da Tropicália

a sinfonia das águas

 

ouvidos negros milos trumpe nos tímpanos

era uma criança forte como uma bola de gude

era uma criança mole como uma gosma de grude

tanto faz como tanto fez

era uma anti-versão de blues

nalguma night noite uma só vez

ouvidos black rumo premeditando o breque

sampa midinight ou aversão de brooklin

não pense aliterações em doses múltiplas

pense sinfonia em rimas raras

assim quando despertas do massificado

ouvidos vais ficando dançarina rara

ao ter-re arte nobre minha musa Odara

 

ao toque dos tambores ecos suburbanos

elétricos negróides urbanoides gente

galáxias relances luzes sumos pratos

delícias de iguarias que algum deus consente

aos gênios dos infernos que ardem gemem arte

misturas de comboios das tribos mais distantes

de múltiplas metades juntas numa parte

A Rosa do Povo

para Drummond, Darcy Ribeiro e Oscar Niemayer in Memória

 

a rosa de Hiroshima ainda fala

a rosa de Hiroshima ainda cala

Frida e seus cabelos de aço

Picasso pintou Guernica

e quando os generais de Franco

lhe perguntaram:

- foi você quem fez isso:?

ele prontamente respondeu

- não, foram vocês que fizeram.

 

Cartola um dia me disse

que as rosas não falam

simplesmente as rosas exalam

o perfume que roubam de ti

 

Agora trago a Rosa do Povo

para os dias de hoje nesse Templo escuro

quem poderá viver nesse presente?

quem poderá prever nosso futuro?

nem Zeus nem o diabo que os carregue

eu quero um reggae um arte lata

a vida é muito cara nada barata

eu sou Drummundo Curumin - no fundo

Tupã Rebelde não pede arrego

poesia é pra tirar o teu conforto

poesia é pra bagunçar o teu sossego

 

Artur Gomes

leia mais no blog https://fulinaimargem.blogspot.com/

esfinge agora perto

 

porto alegre cais do porto

ela me veio assim

em um dia meio torto

uma sexta feira de quase

acalmar os meus instintos

meus teatros absurdos

querendo conhecer Rúbia Querubim

meus Retalhos Imortais do SerAfim

mal sabe ela - esfinge agora perto

é que me instiga o ponto certo

para tirar leite das pedras

nos seios desse deserto

*  

Algaravia

 

eu sou o vento

que remove teus cabelos

e repousa em tua face

 

a outra face do que sente

mas não vê

a palavra que um dia

escreverá - algaravia

na películas da memória

na ficção que entender

 

come poesia menina

come poesia

pois não há mais metafísica no mundo

do que comer poesia

 

grafitarei na tua blusa

minha íntima foto.grafia

meu poema em linha reta

natural antropofagia 

enquanto eu for poeta

para esta musa

não faltará poesia ins-piração

concreta sem metáforas

como flechas de cupido

diretas ao coração

 

Teatro do Absurdo

 

o quarteto da hipotenusa

versus o quadrado do quarteto

da hipotenusa a musa no quadrado

do retrato fosse apenas fotografia

 

mas não sendo hipotenusa

somente musa algaravia

 

uma palavra mais que estrada

sendo musa multi via

me levou nessa jornada

para fora da bahia

 

todos os santos mar aberto

no abismo a fantasia

de querer musa entretanto

muito mais que poesia

 

 muitas vezes

 descrevo minha musa

num poema menos lírico

mais intenso

mais irônico menos penso

muitas vezes    

 quero estar em  alfa

mas estou em beta

a massa do abstrato

na argamassa do concreto

minha musa é linha curva

não  poema em linha reta 

 

algo no teu ser é fogo aceso

grande sertão em chamas

no íntimo teu coração é mar

veredas do amor primeiro

rio que ficou por mergulhar

 

                           Muitas vezes

penso a travessia

para outra margem do rio

a terceira de Guimarães

Rosa ou Diadorim quem sabe

lá me espera em verso ou prosa

muitas vezes

traço um itinerário tortuoso

uma trilha torta

que vai dar num beco sem saída     

mas sempre volto

outra musa encontro

o que refaz a minha vida  


Federico Baudelaire

 

FlorBela ultimamente era quem estava me inspirando como a mulher dos sonhos as vezes ponho poesia em tudo que vejo até nas coisas que me provocam indignação nas coisas também que me excitam me transpiram me piram por não ter o direito de  tocá-las aí fica essa distância esse te amo em segredo mas não tenha medo pode doer pode sangrar e ferir fundo mas é razão de estra no mundo nem que seja por segundo  por um beijo mesmo breve porque te amo no sol no mar na neve 

 essa paz não me interessa 

as letras dançam na retina vertigem delírio alucinações  íris dandara a carne de segunda nesta manhã/domingo  descasco ovas de guaiamuns encarceradas onde a barra fede recife marés e rios de promessas argamassas no abstrato que não se concreta mesmo fosse essa jura em linha reta meu coração não é balcão de negócios nem recipiente para pílulas de auto/ajuda meu coração  vadio leviano um tanto quase enganador  anda sempre no cio até sangrar o amor da caça quando se teima em caçador  por tanta sede fome  no desejo de  matar

 

Federika Bezerra

www.fulinaimatupiniquim.blogspot.com

Quando em 2020 comecei a pensar quem neste 2022 estaria sendo comemorado o centenário Semana de Arte Moderna de 1922, achei que era o momento ideal para trazer para o palco da Santa Paciência – Casa Criativa, uma grande roda que girasse em torno da música, teatro, poesia, cinema, literatura, artes plásticas e artes visuais, o grande legado da Semana de 22 – a ruptura – proposta por Oswald com o Manifesto Antropofágicio de 1928  e Macunaíma Mário de Andrade, também de 1928.

Ente/Vistas

 

Concedendo entrevista ontem 15 de agosto 2025 a Raphael Fuly, licenciando em música no IFF Guarus, sobre a minha trajetória com Arte dentro da ETFC/CEFET/IFF, de 1968 a 2012. Raphael é orientando pela queridíssima amiga  Beth Rocha, parceira de grandes espetáculo de Teatro Musical que montamos no CEFET/IIF a partir de 1997, tais como “O Dia Em Que A Federal Soltou a Voz e Criou  Um Coro de 67 Vertebrados”, espetáculo que foi apresentado em 1997 no Auditório Miguel Ramalho, marcando a chegada  de Beth no CEFET/Campos e o meu retorno de uma licença prêmio para coordenar a Oficina de Artes Cênicas, que criei em 1975.

A entrevista foi realizada no Casarão - Centro Cultural, na Rua Salvador Correia, 171. Raphael Fuly, é integrande de uma banda formada por estudantes de música no IFF, contemplada em edital na lei Aldir Blanc, dia 22 deste a banda estará se apresentando no Museu Histórico de Campos, e um dos integrantes da mesma, Pablo Vinícius, que em 2022 participou do meu Projeto Geleia Geral – Semana de 22 – 100 Anos Depois, me pediu licença para nomear  a banda com o nome Balbúrdia PoÉtica, o que imediatamente autorizei, e no dia 22 pretendo batizá-la tornado-a minha afilhada.

Como bem disse lá pelos idos de 2005, quando fui contemplado no projeto Poesia Na Idade Mídia – Outros Bárbaros, de Ademir Assunção realizado no Itaú Cultural São Paulo, no poema VeraCidade: - por quê trancar as portas/tentar proibir as entradas/se eu já habito os teus 5 sentidos/e as janelas estão escancaradas.

* 

VeraCidade

 

por quê trancar as portas

tentar proibir as entradas

se já habito os teus cinco sentidos

e as janelas estão escancaradas ?

 

um beija flor risca no espaço

algumas letras de um alfabeto grego

signo de comunicação indecifrável

eu tenho fome de terra

e esse asfalto sob a sola dos meus pés

agulha nos meus dedos

 

quando piso na Augusta

o poema dá um tapa na cara da Paulista

 

flutuar na zona do perigo

entre o real e o imaginário

João Guimarães Rosa

Caio Prado

Martins Fontes

um bacanal de ruas tortas

 

eu não sou flor que se cheire

nem mofo de língua morta

o correto deixei na Cacomanga

matagal onde nasci

 

com os seus dentes de concreto

São Paulo é quem me devora

e selvagem devolvo a dentada

na carne da rua Aurora

 

Obs.: em 2023 quando fui convidado por Sylvia Paes, para voltar a prestar serviços na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, escrevi o projeto Campos VeraCidade, que até hoje está engavetado, porque não há interesse na gestão pública da cidade, em fomentar um projeto de Arte Cultura, que reflita profundamente sobre a cidade, no que ela foi, o que ela é e o que ela pode ser. 

*

Leia mais no blog

Artur Gomes A Biografia de Um Poeta Absurdo

https://fulinaimargem.blogspot.com/

As fotos são de Nilson Siqueira

Artur Gomes

77 anos de vida

 52 de Poesia Viva

Dia 27 de agosto 20h

Carioca Bar –Rua Francisca Carvalho de Azevedo 17 - Parque São Caetano

Próximo ao Colégio Estadual João Pessoa – Campos dos Goytacazes-RJ

Dia 11 de outubro  18h

Casa AmarElinha – Itaipu – Niterói-RJ

 

1º de Abril

 

telefonaram-me

avisando-me que vinhas

 

na noite uma estrela

ainda brigava

           contra a escuridão

na rua

sob patas

tomavam homens indefesos

 

esperei-te 20 anos

até hoje não vieste à minha porta

 

- foi um puta golpe!

 

Artur Gomes

A Biografia de um poeta Absurdo

https://fulinaimargem.blogspot.com/

                Balbúrdia Poética

Artur Gomes in Pessoa

nesta segunda 11 de agosto 15:30h

no C. E. Nilo Peçanha -

Campos dos Goytacazes-RJ

 

Itabapoana Pedra Que Voa

 

dia desses sonhei com alquimia

ciência da transformação

na prova dos nove é alegria

o coração da pedra vira pássaro

e voa para outra dimensão

 

Artur Gomes

do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema - Litteralux 2025 

https://www.instagram.com/p/DNMMsUevmB7/

Dia 27 agosto – 20h

Carioca Bar – Rua Francisca Carvalho de Azevedo, 17 – Parque São Caetano – Campos dos Goytacazes-RJ

 

Goytacá Boy

 

musicado e cantado por Naiman

no CD fulinaíma sax blues poesia

2002

ando por São Paulo meio Araraquara

a pele índia do meu corpo

concha de sangue em tua veia

sangrada ao sol na carne clara

juntei meu goytacá teu guarani

tupy or not tupy

não foi a língua que ouvi

em tua boca caiçara

 

para falar para lamber para lembrar

da sua língua arco íris litoral

como colar de uiara

é que eu choro como a chuva curuminha

mineral da mais profunda

lágrima que mãe chorara

 

para roçar para provar para tocar

na sua pele urucum de carne e osso

a minha língua tara

sonha cumer do teu almoço

e ainda como um doido curuminha

a lamber o chão que restou da Guanabara

 

Artur Gomes

Juras Secretas

Editora Penalux – 2018

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HIPOTEMUSA

 

bati na porta da IA

me perguntou

qual o poeta

que eu mais gosto de ler

:

EuGênio Mallarmè

:

porquê

ele me re/trata como sou

feminina leviana desnudada

serafina severina desvairada

 

Irina Serafina

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HIPOTEMUSA

MUSA OUTRA

 

há muito tempo

com um coelho no colo

mas o que eu mais queria

era um gato

old cat que fosse

do jeito que me viesse

como nos tempos

em que me pegou

 

nos Retalhos Imortais do SerAfim

e fez de Mim o que sou

 

Rúbia Querubim

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 Balbúrdia PoÉtica 11

Dia 6 – agosto – 19:30h

Bar do Ernesto – Lapa – Rio de Janeiro

 

Curadoria: Artur Gomes, Jorge Ventura e Tanussi Cardoso

 

 

traição grega

 

helena me deu

um cavalo de pau

me jogou no vento

me pegou em troia

me roubou a jóia

me deixou em trento

 

Artur Gomes

Poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema

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poema atávico

 

e se a gente se amasse uma vez só

a tarde ainda arde primavera

tanta nesse outubro quanto

de manhãs tão cinzas

 

nesse momento em Bento Gonçalves

Mauri Menegotto termina

de lapidar  mais uma pedra

tem seus olhos no brilho da escultura

 

confesso tenho andado meio triste

na geografia da distância

esse poema atávico tem a cor da tua pele

a carne sob os lençóis onde meus dedos

ainda não nasceram

 

Deus anda me pregando peças

Num lance de dados mallarmaicos

comovida

ainda te procuro em palavras aramaicas

e a pele dos meus olhos anda perdida

em teu vestido

 

Gigi Mocidade

O Poeta Enquanto Coisa

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Balbúrdia PoÉtica 10

Poesia Ali Na Mesa

12 de julho – 2025

Casa da Palavra – Santo André-SP

Livros + Exposição + Roda de Conversa + Cine Vídeo Poesia + Homenagens + Performances


Curadoria:

Artur Gomes + Cesar Augusto de Carvalh + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Silvia Passarelli

Poetas Homenageados:

Dalila Teles Veras + Zhô Bertholine

Em memória:

Antônio Possidônio Sampaio + Francis de Oliveira + Wilma Lima

Performances Poesia  Falada :

Abel Coelho + Ademir Demarchi + Armando Liguori Junior + Artur Gomes + Beth Brait Alvim + Carolina Montone + Cesar Augusto de Carvalho + Cleber Beleeiro + Dalila Teles Vedras + Décio Scaravelli + Dilène Barreto + Elcio Fonseca + Franklin Valverde + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Luiza Silva de Oliveira + Luiz Henrique Gurgel + Marcelo Brettas + Mateus Nunes + Nilson Luiz + Paulino Alexandre + Remisson Aniceto + Rosana Venturini + Zhô Bertholini

Fotos: Silvia Helena Passarelli

 *

Obs.:

Este texto de Wilma Lima dedicado a Dalila Teles Veras está eternizado em uma das paredes do Alpharrabio

DALILA

PARABÉNS!

PARABÉNS DE SEUS SINCEROS AMIGOS

            DE SEMPRE

PARABÉNS DE Mara, DE Jurema.

      De Wagner, de Wilma, de João Antonio e de Zhô

            De Margareth, da SILVIA ARQUITETA

            Do outro João, amigo do Zhô.

Parabéns do Guardião dos Alfharrabios – DR TELES e filhas

Parabéns das moças lindas da ENSAIO

E dos moços

Tão lindos também

PARABÉNS ENORMES DA MANINHA, DA NORA, DO SERJÃO DOS ASTRAIS

Do Dr. Posidônio – SEMPRE APRESSADO

Parabéns do filhinho do Zhô – que nos encanta

Parabéns do DUDA, da Terezinha do Wagner

E da TEREZINHA Baixinha – tão grande como seu casaco!

Felicidades para você

D-A-LILA....

PARABÉNS

Do Romeu – que sempre esteve presente nos grandes acontecimentos no ALPHA

Abraços da filha linda do Wagner – DENISE

E daquele moço Poeta que faz desenhos – o Moacir

E do amigo do SÉrgio

Mãe da MARA

E do Haroldo (amigo meu e de Mara – de todos nós)

Parabéns de todo mundo que conhece você – QUE AMA VOCÊ

 

QUEM NÃO CONHECE DALILA TELES VERAS?

Aceite parabéns enormes de Mestre TAKARA

E DE CIBELE ARAGÃO

Da Bailarina Marlene – tão loura!

Da eterna Tônia Ferr e irmã

Da IRACEMA DO ARISTIDES (POETAS PINTORES)

Você, Dalila da Madeira, é a nossa grande dama da Cultura Alternativa.

ABRAÇOS DA ROSANA CHRISPIN, DA NILCE.

E da Nilce do Violão e do amigo dela – que gosta de cachorros como EU

      Um beijo grande de todos nós

E um perdão para quem eu

miseravelmente tenha esquecido

e que não vai me perdoar jamais

o ANIVERSÁRIO é aqui

e tem que ser celebrado.

É Festa de São João e de São Pedro

O PARABÉNS ESPECIAL É DA SEMIRAME


      E DO ARTUR GOMES – QUE ESTÁ LONGE MAS SEMPRE PRESENTE

E GOSTA DE RETALHOS

E POR ISSO VAI UMA COLAGEM IMORTAL

Com tantos cantos

Conta tantos vinhos

E tantas iguarias

Para o Banquete

Do NOVOMUNDO


            Em nome de todos,

            WILMA LIMA

Fulinaíma MultiProjetos

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Por Onde Andará Macunaíma?

              jogo de dadaísta não sou iluminista/nem pretender eu quero o cravo e a rosa cumer o verso e a prosa devorar a lírica a métrica...