Balbúrdia PoÉtica
Federico rasgou a rede
cortou a censura
colocou a dita/dura
na parede
poesia ali na mesa
geleia geral – relâmpagos
faíscas da surpresa
diariamente no blog

geleia geral arte que renasce
como grão de uma semente
plantada ao chão que Deus me deu
sempre Nu cio
ela moça que mora longe
me lança a flecha do outro lado do rio
Itabapoana Pedra Pássaro Poema
música da Tropicália
a sinfonia das águas
ouvidos negros milos trumpe nos tímpanos
era uma criança forte como uma bola de gude
era uma criança mole como uma gosma de grude
tanto faz como tanto fez
era uma anti-versão de blues
nalguma night noite uma só vez
ouvidos black rumo premeditando o breque
sampa midinight ou aversão de brooklin
não pense aliterações em doses múltiplas
pense sinfonia em rimas raras
assim quando despertas do massificado
ouvidos vais ficando dançarina rara
ao ter-re arte nobre minha musa Odara
ao toque dos tambores ecos suburbanos
elétricos negróides urbanoides gente
galáxias relances luzes sumos pratos
delícias de iguarias que algum deus consente
aos gênios dos infernos que ardem gemem arte
misturas de comboios das tribos mais distantes
de múltiplas metades juntas numa parte

para Drummond, Darcy Ribeiro e Oscar Niemayer in Memória
a rosa de Hiroshima ainda fala
a rosa de Hiroshima ainda cala
Frida e seus cabelos de aço
Picasso pintou Guernica
e quando os generais de Franco
lhe perguntaram:
- foi você quem fez isso:?
ele prontamente respondeu
- não, foram vocês que fizeram.
Cartola um dia me disse
que as rosas não falam
simplesmente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti
Agora trago a Rosa do Povo
para os dias de hoje nesse Templo escuro
quem poderá viver nesse presente?
quem poderá prever nosso futuro?
nem Zeus nem o diabo que os carregue
eu quero um reggae um arte lata
a vida é muito cara nada barata
eu sou Drummundo Curumin - no fundo
Tupã Rebelde não pede arrego
poesia é pra tirar o teu conforto
poesia é pra bagunçar o teu sossego
Artur Gomes
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esfinge agora perto
porto alegre cais do porto
ela me veio assim
em um dia meio torto
uma sexta feira de quase
acalmar os meus instintos
meus teatros absurdos
querendo conhecer Rúbia Querubim
meus Retalhos Imortais do SerAfim
mal sabe ela - esfinge agora perto
é que me instiga o ponto certo
para tirar leite das pedras
nos seios desse deserto
*
Algaravia
eu sou o vento
que remove teus cabelos
e repousa em tua face
a outra face do que sente
mas não vê
a palavra que um dia
escreverá - algaravia
na películas da memória
na ficção que entender
come poesia menina
come poesia
pois não há mais metafísica no mundo
do que comer poesia
grafitarei na tua blusa
minha íntima foto.grafia
meu poema em linha reta
natural antropofagia
enquanto eu for poeta
para esta musa
não faltará poesia ins-piração
concreta sem metáforas
como flechas de cupido
diretas ao coração
Teatro do Absurdo
o quarteto da hipotenusa
versus o quadrado do quarteto
da hipotenusa a musa no quadrado
do retrato fosse apenas fotografia
mas não sendo hipotenusa
somente musa algaravia
uma palavra mais que estrada
sendo musa multi via
me levou nessa jornada
para fora da bahia
todos os santos mar aberto
no abismo a fantasia
de querer musa entretanto
muito mais que poesia
muitas vezes
descrevo minha musa
num poema menos lírico
mais intenso
mais irônico menos penso
muitas vezes
quero estar em alfa
mas estou em beta
a massa do abstrato
na argamassa do concreto
minha musa é linha curva
não poema em linha reta
algo no teu ser é fogo aceso
grande sertão em chamas
no íntimo teu coração é mar
veredas do amor primeiro
rio que ficou por mergulhar
Muitas vezes
penso a travessia
para outra margem do rio
a terceira de Guimarães
Rosa ou Diadorim quem sabe
lá me espera em verso ou prosa
muitas vezes
traço um itinerário tortuoso
uma trilha torta
que vai dar num beco sem saída
mas sempre volto
outra musa encontro
o que refaz a minha vida
Federico Baudelaire
FlorBela ultimamente era quem estava me
inspirando como a mulher dos sonhos as vezes ponho poesia em tudo que vejo até
nas coisas que me provocam indignação nas coisas também que me excitam me
transpiram me piram por não ter o direito de tocá-las aí fica essa
distância esse te amo em segredo mas não tenha medo pode doer pode sangrar e
ferir fundo mas é razão de estra no mundo nem que seja por segundo por um
beijo mesmo breve porque te amo no sol no mar na neve
as letras dançam na retina vertigem delírio
alucinações íris dandara a carne de segunda nesta
manhã/domingo descasco ovas de guaiamuns encarceradas onde a barra
fede recife marés e rios de promessas argamassas no abstrato que não se
concreta mesmo fosse essa jura em linha reta meu coração não é balcão de
negócios nem recipiente para pílulas de auto/ajuda meu coração vadio
leviano um tanto quase enganador anda sempre no cio até sangrar o
amor da caça quando se teima em caçador por tanta sede
fome no desejo de matar
Federika Bezerra
www.fulinaimatupiniquim.blogspot.com
Quando em 2020 comecei a pensar quem neste 2022 estaria sendo comemorado o centenário Semana de Arte Moderna de 1922, achei que era o momento ideal para trazer para o palco da Santa Paciência – Casa Criativa, uma grande roda que girasse em torno da música, teatro, poesia, cinema, literatura, artes plásticas e artes visuais, o grande legado da Semana de 22 – a ruptura – proposta por Oswald com o Manifesto Antropofágicio de 1928 e Macunaíma Mário de Andrade, também de 1928.
Ente/Vistas
Concedendo entrevista ontem 15 de agosto 2025 a Raphael Fuly, licenciando em música no IFF Guarus, sobre a minha trajetória com Arte dentro da ETFC/CEFET/IFF, de 1968 a 2012. Raphael é orientando pela queridíssima amiga Beth Rocha, parceira de grandes espetáculo de Teatro Musical que montamos no CEFET/IIF a partir de 1997, tais como “O Dia Em Que A Federal Soltou a Voz e Criou Um Coro de 67 Vertebrados”, espetáculo que foi apresentado em 1997 no Auditório Miguel Ramalho, marcando a chegada de Beth no CEFET/Campos e o meu retorno de uma licença prêmio para coordenar a Oficina de Artes Cênicas, que criei em 1975.
A entrevista foi realizada no Casarão - Centro Cultural, na Rua Salvador Correia, 171. Raphael Fuly, é integrande de uma banda formada por estudantes de música no IFF, contemplada em edital na lei Aldir Blanc, dia 22 deste a banda estará se apresentando no Museu Histórico de Campos, e um dos integrantes da mesma, Pablo Vinícius, que em 2022 participou do meu Projeto Geleia Geral – Semana de 22 – 100 Anos Depois, me pediu licença para nomear a banda com o nome Balbúrdia PoÉtica, o que imediatamente autorizei, e no dia 22 pretendo batizá-la tornado-a minha afilhada.
Como bem disse lá pelos idos de 2005, quando fui contemplado no projeto Poesia Na Idade Mídia – Outros Bárbaros, de Ademir Assunção realizado no Itaú Cultural São Paulo, no poema VeraCidade: - por quê trancar as portas/tentar proibir as entradas/se eu já habito os teus 5 sentidos/e as janelas estão escancaradas.
*
VeraCidade
por quê trancar as portas
tentar proibir as entradas
se já habito os teus cinco sentidos
e as janelas estão escancaradas ?
um beija flor risca no espaço
algumas letras de um alfabeto grego
signo de comunicação indecifrável
eu tenho fome de terra
e esse asfalto sob a sola dos meus pés
agulha nos meus dedos
quando piso na Augusta
o poema dá um tapa na cara da Paulista
flutuar na zona do perigo
entre o real e o imaginário
João Guimarães Rosa
Caio Prado
Martins Fontes
um bacanal de ruas tortas
eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta
o correto deixei na Cacomanga
matagal onde nasci
com os seus dentes de concreto
São Paulo é quem me devora
e selvagem devolvo a dentada
na carne da rua Aurora
Obs.: em 2023 quando fui convidado por Sylvia Paes, para voltar a prestar serviços na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, escrevi o projeto Campos VeraCidade, que até hoje está engavetado, porque não há interesse na gestão pública da cidade, em fomentar um projeto de Arte Cultura, que reflita profundamente sobre a cidade, no que ela foi, o que ela é e o que ela pode ser.
*
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Artur Gomes A Biografia de Um Poeta Absurdo
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As fotos são de Nilson Siqueira
Artur Gomes
77 anos de vida
52 de Poesia Viva
Dia 27 de agosto 20h
Carioca Bar –Rua Francisca Carvalho de Azevedo 17 - Parque São Caetano
Próximo ao Colégio Estadual João Pessoa – Campos dos Goytacazes-RJ
Dia 11 de outubro 18h
Casa AmarElinha – Itaipu – Niterói-RJ
1º de Abril
telefonaram-me
avisando-me que vinhas
na noite uma estrela
ainda brigava
contra a escuridão
na rua
sob patas
tomavam homens indefesos
esperei-te 20 anos
até hoje não vieste à minha porta
- foi um puta golpe!
Artur Gomes
A Biografia de um poeta Absurdo
Balbúrdia Poética
Artur Gomes in Pessoa
nesta segunda 11 de agosto 15:30h
no C. E. Nilo Peçanha -
Campos dos Goytacazes-RJ
Itabapoana Pedra Que Voa
dia desses sonhei com alquimia
ciência da transformação
na prova dos nove é alegria
o coração da pedra vira pássaro
e voa para outra dimensão
Artur Gomes
do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema - Litteralux 2025
Dia 27 agosto – 20h
Carioca Bar – Rua Francisca Carvalho de Azevedo, 17 – Parque São Caetano – Campos dos Goytacazes-RJ
Goytacá Boy
musicado e cantado por Naiman
no CD fulinaíma sax blues poesia
2002
ando por São Paulo meio Araraquara
a pele índia do meu corpo
concha de sangue em tua veia
sangrada ao sol na carne clara
juntei meu goytacá teu guarani
tupy or not tupy
não foi a língua que ouvi
em tua boca caiçara
para falar para lamber para lembrar
da sua língua arco íris litoral
como colar de uiara
é que eu choro como a chuva curuminha
mineral da mais profunda
lágrima que mãe chorara
para roçar para provar para tocar
na sua pele urucum de carne e osso
a minha língua tara
sonha cumer do teu almoço
e ainda como um doido curuminha
a lamber o chão que restou da Guanabara
Artur Gomes
Juras Secretas
Editora Penalux – 2018
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HIPOTEMUSA
bati na porta da IA
me perguntou
qual o poeta
que eu mais gosto de ler
:
EuGênio Mallarmè
:
porquê
ele me re/trata como sou
feminina leviana desnudada
serafina severina desvairada
Irina Serafina
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https://ciadesafiodeteatro.blogspot.com/
HIPOTEMUSA
MUSA OUTRA
há muito tempo
com um coelho no colo
mas o que eu mais queria
era um gato
old cat que fosse
do jeito que me viesse
como nos tempos
em que me pegou
nos Retalhos Imortais do SerAfim
e fez de Mim o que sou
Rúbia Querubim
Balbúrdia PoÉtica 11
Dia 6 – agosto – 19:30h
Bar do Ernesto – Lapa – Rio de Janeiro
Curadoria: Artur Gomes, Jorge Ventura e Tanussi Cardoso
traição grega
helena me deu
um cavalo de pau
me jogou no vento
me pegou em troia
me roubou a jóia
me deixou em trento
Artur Gomes
Poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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poema atávico
e se a gente se amasse uma vez só
a tarde ainda arde primavera
tanta nesse outubro quanto
de manhãs tão cinzas
nesse momento em Bento Gonçalves
Mauri Menegotto termina
de lapidar mais uma pedra
tem seus olhos no brilho da escultura
confesso tenho andado meio triste
na geografia da distância
esse poema atávico tem a cor da tua pele
a carne sob os lençóis onde meus dedos
ainda não nasceram
Deus anda me pregando peças
Num lance de dados mallarmaicos
comovida
ainda te procuro em palavras aramaicas
e a pele dos meus olhos anda perdida
em teu vestido
Gigi Mocidade
O Poeta Enquanto Coisa
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https://fulinaimacarnavalhagumes.blogspot.com/
Balbúrdia PoÉtica 10
Poesia Ali Na Mesa
12 de julho – 2025
Casa da Palavra – Santo André-SP
Livros + Exposição + Roda de Conversa + Cine Vídeo Poesia + Homenagens + Performances
Curadoria:
Artur Gomes + Cesar Augusto de Carvalh + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Silvia Passarelli
Poetas Homenageados:
Dalila Teles Veras + Zhô Bertholine
Em memória:
Antônio Possidônio Sampaio + Francis de Oliveira + Wilma Lima
Performances Poesia Falada :
Abel Coelho + Ademir Demarchi + Armando Liguori Junior + Artur Gomes + Beth Brait Alvim + Carolina Montone + Cesar Augusto de Carvalho + Cleber Beleeiro + Dalila Teles Vedras + Décio Scaravelli + Dilène Barreto + Elcio Fonseca + Franklin Valverde + Julio Mendonça + Jurema Barreto de Souza + Luiza Silva de Oliveira + Luiz Henrique Gurgel + Marcelo Brettas + Mateus Nunes + Nilson Luiz + Paulino Alexandre + Remisson Aniceto + Rosana Venturini + Zhô Bertholini
Fotos: Silvia Helena Passarelli
*
Obs.:
Este texto de Wilma Lima dedicado a Dalila Teles Veras está eternizado em uma das paredes do Alpharrabio
DALILA
PARABÉNS!
PARABÉNS DE SEUS SINCEROS AMIGOS
DE SEMPRE
PARABÉNS DE Mara, DE Jurema.
De Wagner, de Wilma, de João Antonio e de Zhô
De Margareth, da SILVIA ARQUITETA
Do outro João, amigo do Zhô.
Parabéns do Guardião dos Alfharrabios – DR TELES e filhas
Parabéns das moças lindas da ENSAIO
E dos moços
Tão lindos também
PARABÉNS ENORMES DA MANINHA, DA NORA, DO SERJÃO DOS ASTRAIS
Do Dr. Posidônio – SEMPRE APRESSADO
Parabéns do filhinho do Zhô – que nos encanta
Parabéns do DUDA, da Terezinha do Wagner
E da TEREZINHA Baixinha – tão grande como seu casaco!
Felicidades para você
D-A-LILA....
PARABÉNS
Do Romeu – que sempre esteve presente nos grandes acontecimentos no ALPHA
Abraços da filha linda do Wagner – DENISE
E daquele moço Poeta que faz desenhos – o Moacir
E do amigo do SÉrgio
Mãe da MARA
E do Haroldo (amigo meu e de Mara – de todos nós)
Parabéns de todo mundo que conhece você – QUE AMA VOCÊ
QUEM NÃO CONHECE DALILA TELES VERAS?
Aceite parabéns enormes de Mestre TAKARA
E DE CIBELE ARAGÃO
Da Bailarina Marlene – tão loura!
Da eterna Tônia Ferr e irmã
Da IRACEMA DO ARISTIDES (POETAS PINTORES)
Você, Dalila da Madeira, é a nossa grande dama da Cultura Alternativa.
ABRAÇOS DA ROSANA CHRISPIN, DA NILCE.
E da Nilce do Violão e do amigo dela – que gosta de cachorros como EU
Um beijo grande de todos nós
E um perdão para quem eu
miseravelmente tenha esquecido
e que não vai me perdoar jamais
o ANIVERSÁRIO é aqui
e tem que ser celebrado.
É Festa de São João e de São Pedro
O PARABÉNS ESPECIAL É DA SEMIRAME
E DO ARTUR GOMES – QUE ESTÁ LONGE MAS SEMPRE PRESENTE
E GOSTA DE RETALHOS
E POR ISSO VAI UMA COLAGEM IMORTAL
Com tantos cantos
Conta tantos vinhos
E tantas iguarias
Para o Banquete
Do NOVOMUNDO
Em nome de todos,
WILMA LIMA
Fulinaíma MultiProjetos
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